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Pesquisa com egressos da pós-graduação da UFBA discute percepção e impactos do curso

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Dar seguimento a carreira acadêmica como docente ou pesquisador foi o principal motivo apontado pelos estudantes de pós-graduação para optarem por um curso stricto sensu na UFBA. Quase 90% dos estudantes consideraram satisfatória ou muito satisfatória a formação do corpo docente para a manutenção e a qualidade das atividades do curso, e 87,1% afirmam que recomendariam o curso para alguém conhecido. Esses são alguns dos dados apresentados no relatório de acompanhamento de egressos dos programas de pós-graduação da UFBA. A coleta de dados – que ouviu mais de 3 mil estudantes de pós-graduação que concluíram um curso stricto sensu na universidade – foi promovida pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPPG) em conjunto com a Superintendência de Avaliação Institucional (Supad), nos anos de 2021 e 2023.
 
A iniciativa busca apoiar os programas de pós-graduação em seus processos de autoavaliação, considerando as mudanças no processo de avaliação pela CAPES para o planejamento estratégico e a avaliação externa dos programas. Na primeira fase da coleta de dados, em 2021, 1.778 egressos, responderam completamente ao questionário, representando 42,46% do total de 4.187 convidados. Na segunda fase, em 2023, participaram 1.260 estudantes de um total de 2.531 egressos, representando 49,78% do total de convidados.
 
Foram consideradas no levantamento cinco dimensões: 1- perfil dos participantes; 2- situação de trabalho; 3- percepção do curso; 4- impactos do curso; e 5- planos futuros. A expectativa é de que os resultados apresentados possam contribuir para aperfeiçoar as ações futuras dos Programas de pós-graduação da Universidade. Veja, a seguir, alguns destaques do relatório:
 
Perfil dos Participantes
 
Em relação ao perfil dos estudantes, as mulheres são maioria entre os participantes da pesquisa, que somam 1.700 mulheres, 1.300 homens e 9 estudantes com outras identidades de gênero. No campo cor/raça, a maior parte dos estudantes se declarou parda (1,3 mil), seguida pelos participantes que declararam como opção branca (1,1 mil), preta (619), amarela (36) indígena (18) e não declarado (9). Quanto à forma de ingresso, 2,8 mil estudantes foram selecionados através de ampla concorrência, enquanto 240 ingressaram por meio da política de reserva de vagas.
 
Situação de Trabalho
 
Sobre a situação de trabalho dos entrevistados, 64,9% estão trabalhando, 14,7% trabalham e estudam, 13,1% somente estudam; e 7,4% não trabalham. Em relação à natureza do trabalho dos egressos, 29,3% são docentes em instituição de ensino pública; 21,3% realizam trabalho técnico/profissional no setor público; 10,6% realizam trabalho técnico/profissional no setor privado; 9,4% desempenham a atividade docente em instituição de ensino superior privada; e 8,9% trabalha como técnico/profissional autônomo.
 
Dar seguimento a carreira acadêmica como docente ou pesquisador foi o principal motivo apontado por 59,7% dos estudantes para optarem por uma pós-graduação stricto sensu. Outros motivos apontados foram: adquirir conhecimento para qualificar a atuação profissional (20,6%); obter um título para melhorar a renda ou a empregabilidade (7,8%); qualificação para concurso público (6,3%); entre outros.
 
Dentro do universo de estudantes pesquisados, 7,8% realizou algum estágio/intercâmbio internacional e 7,4% realizou algum estágio/intercâmbio nacional durante o curso de pós-graduação na UFBA. Além disso, 38,9% participa como membro de grupo de pesquisa vinculado à pós-graduação que realizou; 17,3% atuam como membro de grupo da instituição de ensino superior onde trabalha; 3,5% tornaram-se coordenadores do grupo de pesquisa na instituição de ensino superior onde trabalha; e 2,2% são membros de um grupo de pesquisa não vinculado ao programa ao qual se formaram.
 

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O levantamento revela que, entre os participantes da pesquisa que realizaram algum concurso público após a sua pós-graduação na UFBA, 506 foram aprovados e ocuparam uma vaga disponível; 429 não foram aprovados, e 315 foram aprovados, mas não se classificaram para ocupar a vaga disponível.

Percepções do Curso
 
Um total de 89% dos estudantes consideraram satisfatória ou muito satisfatória a formação do corpo docente para a manutenção e a qualidade das atividades do curso (57% muito satisfatório e 32% satisfatório). 87% avaliam o suporte oferecido pelo(s) orientador(es) para o desenvolvimento do seu trabalho final como satisfatório ou muito satisfatório (25% satisfatório e 62% muito satisfatório). Em relação à infraestrutura dedicada à gestão do curso, 74% apontam como satisfatório ou muito satisfatório (44% satisfatório e 30% muito satisfatório).
 
Ao responder sobre o quanto a estrutura curricular permitiu aprendizagens significativas no curso, 78% dos estudantes avaliaram como satisfatório ou muito satisfatório (44% satisfatório e 34% muito satisfatório). Sobre a infraestrutura para ensino usadas no curso – salas de aula, biblioteca, serviços de videoconferência, laboratórios, etc., 63% os estudantes definiram como satisfatório ou muito satisfatório (41% satisfatório e 22% como muito satisfatório).
 
Impacto do Curso
 
Na avaliação dos impactos que o curso produziu em sua vida/carreira, 56% dos egressos avaliam que o curso contribuiu para a melhoria da sua renda – para 31% contribuiu muito e para 25% a contribuição foi acima das expectativas. Para 50% dos egressos o curso contribuiu também para a sua empregabilidade – contribuiu muito para 27% e acima das expectativas para 23%. O curso também capacitou os pós-graduados para conceber e desenvolver projetos de pesquisas no seu campo de conhecimento, conforme afirmam 81% dos entrevistados – capacitou muito na visão de 43% e acima das expectativas para 38%.
 
Dos estudantes egressos, 87,1% afirmam que recomendariam o curso para alguém conhecido, 11% responderam que talvez recomendariam, e apenas 1,9% não recomendariam.
 
Planos para o Futuro
 
Entre os estudantes egressos do mestrado, 997 esperam continuar os estudos de pós-graduação em nível de doutorado no mesmo programa de pesquisa e ensino, e 170 querem continuar os estudos em nível de doutorado em outro programa no país.
 
Sobre os planos para o futuro dos egressos do doutorado, o relatório aponta entre as principais respostas: realizar um pós-doutorado (792), consolidar a carreira como pesquisador (668), fazer concurso público para atuar como docente (425), realizar algum estágio em instituição estrangeira (275), fazer concurso público para atuar como profissional (161), entre outros. Os participantes poderiam escolher mais de uma opção de resposta.
 
Seminário para egressos da pós-graduação
 
O “seminário egressos na pós-graduação: transformando a relação com os egressos/alumni: um horizonte de possibilidades” foi realizado em 03 de maio, no auditório do Instituto de Matemática e Estatística, campus de Ondina. O encontro, que contou com a palestra de Diana Aguiar Vieira, professora do Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, Portugal, foi mais uma ação da PRPPG, SUPAD e da Comissão Própria de Avaliação (CPA) da UFBA.