O livro "Desigualdades sociorraciais suburbanas e o direito à cidade d’Oxum - Plano Popular de Bairro" – que traz conclusões do trabalho do Observatório Luiza Mahim/Grupo de Pesquisa Espaço Livre/IGEO/UFBA/CNPq, em parceria com o Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM/UFBA) e o Centro da Mulher Baiana (CEM) – será lançado às 18h30 da próxima terça-feira (05/08), no Cine Teatro de Plataforma, localizado na Praça São Braz. A obra foi organizada pelos pesquisadores Antônia dos Santos Garcia, Angelo Serpa e Agenor Gomes Pinto Garcia e editada pela Editora Letra Capital do Rio de Janeiro.
A publicação é resultado de um intenso trabalho coletivo e reflete o resultado das oficinas de formação de lideranças e elaboração de planos populares de bairro realizadas em Plataforma e Rio Sena, no Subúrbio Ferroviário de Salvador e das pesquisas apresentadas e analisadas durante este processo. Como atividades de conclusão das oficinas, foram elaborados Planos Populares de Bairro nos referidos locais seguindo uma metodologia participativa.
O trabalho do Observatório Luiza Mahim/Grupo de Pesquisa Espaço Livre/IGEO/UFBA/CNPq, em parceria com o Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM/UFBA) e o Centro da Mulher Baiana (CEM), é também parte das pesquisas qualitativas e quantitativas sobre o Subúrbio Ferroviário desenvolvidas pelo Observatório, com o objetivo de subsidiar políticas públicas de combate às desigualdades de gênero, raça, incluindo a segregação urbana e racial. Além disso, busca-se o fortalecimento dos movimentos sociais apresentando uma relevante experiência acadêmico-popular com grande potencial transformador.
O Observatório e o Grupo Espaço Livre
O Observatório de Raça, Classe e Gênero Luiza Mahin foi criado em 2008, vinculado ao Grupo de Pesquisa Espaço Livre de Pesquisa Ação (IGEO-UFBA), com professores e estudantes de graduação e pós-graduação em Geografia e Arquitetura e Urbanismo, da UFBA, a fim de analisar os processos espaciais urbanos e os sujeitos sociais que participam da produção, do uso e do planejamento do espaço e suas transformações.
As principais temáticas estão vinculadas aos conceitos de raça, de gênero e de classe, nos espaços concretos e simbólicos que marcaram nossa organização espacial, na Bahia e no Brasil. Com pesquisas quantitativas, que analisam os indicadores de desigualdades raciais, de gênero e de classe, baseadas em fontes oficiais, especialmente do IBGE; e pesquisas qualitativas para análise das percepções sobre estas temáticas, especialmente através dos movimentos sociais urbanos, com destaque para as áreas mais negras de Salvador: Subúrbio Ferroviário, “Miolo” e Cajazeiras.