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Evento da Jornada da Reforma Agrária reúne grupos de pesquisa e movimentos sociais

Em destaque, os alimentos produzidos nos assentamentos

 

Foi realizado na noite de ontem (29/04), no Salão Nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia, o encerramento da II Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária que reuniu estudantes, professores, funcionários técnicos-administrativos, grupos de pesquisa e movimentos sociais. O evento contou com a participação do reitor João Carlos Salles, do vice-reitor Paulo César Miguez, da professora Celi Taffarel (FACED/UFBA) e do representante nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues.

Durante o debate sobre Reforma Agrária e Universidade foram apresentadas iniciativas desenvolvidas em assentamentos rurais pelos grupos de pesquisa GeografAR – Geografia dos Assentamentos na Área Rural; e LEPEL – Linha de Estudo e Pesquisa em Educação Física & Esporte e Lazer. O público presente também pôde ter acesso a alimentos produzidos nestes assentamentos e que foram disponibilizados através da Feira Agroecológica da Reforma Agrária, que foi realizada no Instituto de Biologia da UFBA durante todo o mês de abril.

João Paulo Rodrigues, representante do MST, chamou atenção em sua fala para o momento adverso que vive o país com o crescimento das forças conservadoras no congresso nacional. Como exemplo, citou a recente aprovação na Câmara dos Deputados do PL 4148/2008 que prevê a não obrigatoriedade da rotulagem de alimentos que possuem ingredientes transgênicos. O Projeto de Lei beneficiaria as empresas do agronegócio que querem esconder a origem do produto comercializado e é um atentado ao direito à informação da população. Agora, o PL segue para o Senado.

A prof.ª. Celi Taffarel fez uma avaliação dos impactos da Jornada: “com a realização deste evento que reafirma a necessidade da reforma agrária, os movimentos sociais de luta pela terra se viram considerados em suas demandas pela universidade pública. A sociedade em geral, a quem serve o conhecimento, pode se beneficiar desse debate e das ações que defendem um modelo agroecológico de produção de alimentos. Modelo que questiona o latifúndio, a destruição da natureza, o uso de agrotóxicos e o trabalho escravo no campo”.