Início >> Ufba Em Pauta >> UFBA supera metas de expansão e qualidade da pós-graduação, aponta avaliação da Capes

UFBA supera metas de expansão e qualidade da pós-graduação, aponta avaliação da Capes

.

A pós-graduação na UFBA melhorou em qualidade e abrangência, com avanços significativos em todas as áreas do conhecimento, entre 2017 e 2020, conforme os dados preliminares da Avaliação Quadrienal da Capes recém-divulgados.

O total de programas da UFBA saltou de 72 para 86, uma expansão de 19%. Dos 84 programas avaliados, 26 (30,9%) melhoraram suas notas, enquanto somente 4 (4,8%) registraram decréscimo. Os dados finais foram divulgados no dia 19 de dezembro. A avaliação quadrienal sofreu atraso de mais de um ano, por conta de uma ação judicial movida pelo Ministério Público Federal - na ocasião, a UFBA defendeu a manutenção da avaliação, por entender ser este um importante instrumento de fortalecimento da pesquisa e da pós-graduação feitas no Brasil.

Os resultados positivos atestam o sucesso da diretriz isonômica iniciada na gestão do reitor João Carlos Salles (2014-22), sob a condução dos pró-reitores Olival Freire Jr. (2014-19) e Sergio Ferreira (2019-22), no desenho de um conjunto de ações de fortalecimento da pós-graduação na Universidade, privilegiando seu desenvolvimento global e buscando identificar, estimular e traduzir em indicadores oficiais a excelência acadêmica da UFBA em todas as áreas. É também reflexo da postura de altivez na resistência aos cortes orçamentários e ataques às Universidades e à ciência adotada pela comunidade UFBA nos últimos anos (Leia mais abaixo).

De acordo com os dados finais da avaliação da Capes, a UFBA passa de 75% a 78% de seus programas de pós-graduação (PPGs) com notas 4 e 5 (respectivamente 50%, equivalente a 43 programas, e 28%, ou 24 programas) na escala da agência, que vai de 3 a 7. Em relação ao quadriênio anterior, são 13 programas a mais integrando essa faixa, sendo 10 PPGs a mais com nota 5 (totalizando 24) e 3 PPGs a mais com nota 4 (totalizando 43).

O total de programas com nota 6 dobrou, passando de 4 para 8 (9% do total), e a nota 7 manteve-se com 1 PPG na UFBA. E um dado importante: somente 9% (8 PPGs) dos programas de pós-graduação da UFBA ficaram com a nota mínima (3), o menor percentual da série histórica desde 2001.

Com esses resultados, a UFBA supera duas importantes metas traçadas em seu Plano de Desenvolvimento Institucional: ampliar em mais de 50% o número de PPGs com nota igual ou superior a 5, já que, com o salto de 19 para 33, a Universidade atinge 73,68%% de melhoria; e ampliar para 4,2 o escore médio das notas de todos os PPGs da UFBA, indicador superado com folga pela média global de 4,42 atingida na avaliação.

Por trás dos resultados

Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação de 2014 a 2019, o professor Olival Freire Jr. aponta duas razões como fundamentais para a obtenção de resultados tão positivos.

A primeira delas foi o grande apoio dado pela Administração Central à pesquisa e à pós-graduação na UFBA, que se traduziu em um conjunto de ações de análise, acompanhamento e expansão. "Reconhecendo que a UFBA tem competência em todas as áreas do conhecimento, nossas ações se direcionaram a apoiar a Universidade onde ela tem competência, mesmo que essa competência ainda não estivesse ainda refletida nos conceitos da Capes", explica Freire Jr.

Assim, se o talento e o trabalho da comunidade universitária são a explicação última do excelente resultado global da UFBA na Avaliação Quadrienal, eles vêm sendo potencializados, desde 2015, por uma série de ações de fomento a internacionalização; manutenção de equipamentos; aumento de publicações; desenvolvimento de projetos de pesquisa; estágios doutorais; apoio a discentes em situação de vulnerabilidade social, entre outras frentes.

Nesse conjunto, destaque para os 157 professores visitantes trazidos para atuar por até 4 anos nos programas de pós-graduação da UFBA a partir de 2018; e para os 363 pesquisadores apoiados pelo edital Capes PrInt, o programa de internacionalização da UFBA financiado pela agência de fomento. Outras ações destacadas por Freire Jr. foram a realização de avaliações dos programas de pós por consultores de fora da Universidade, antecipando a identificação de fragilidades e potencialidades, e a restauração do diálogo produtivo entre coordenações de programas e direções de unidades.

O segundo fator destacado por Freire Jr. foi a postura de altivez adotada pela Adminitração Central no enfrentamento aos ataques cortes orçamentários impostos às universidades e à ciência nos últimos anos, que contagiou e "energizou" a comunidade universitária.

"Diante de uma tentativa de desqualificação da universidade e da ciência, o modo como a UFBA reagiu a tudo isso ajudou a preservar nosso moral, nosso estado de espírito. A UFBA não se curvou, e essa resistência energizou a comunidade, de modo que passamos a fazer ainda melhor o que antes já fazíamos bem. Apesar das dificuldades, ninguém jogou a toalha", afirma o ex-pró-reitor. "Esse é um fator mais difícil de ser quantificado, mas não tenho dúvidas de que o orgulho de ser UFBA tem sido uma força material na qualificação da Universidade", observa Freire Jr.

O ex-pró-reitor Sergio Ferreira concorda com seu antecessor e salienta dois pontos como fundamentais para o bom resultado da UFBA: a sinergia que envolveu docentes, discentes, coordenadores de programas e diretores de unidades em prol das ações necessárias para melhoria das notas no âmbito de cada programa; e a atenção especial conferida pela pró-reitoria aos cursos que, no quadriênio, enfrentaram mais restrições e dificuldades para obter bolsas da Capes, alvo de cortes. "Os resultados refletem o empenho e o cuidado da Administração Central com a pós-graduação da Universidade", resume Ferreira.

A atual gestão da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação recebe com alegria os resultados da Avaliação Quadrienal, "fruto de tão intenso trabalho dos antecessores", salienta o pró-reitor Ronaldo Oliveira. "Temos o compromisso de dar continuidade a esses esforços, para que a trajetória da UFBA continue no sentido do avanço quantitativo e qualitativo de todos os seus programas e egressos", afirma o pró-reitor.